19.Outubro

Declaro-me cansada. Ponto.
E, por favor, não é por estar de bebé. Se não estivesse, o cansaço era o mesmo. Com a diferença de que não tinha que me preocupar se estava a passar todas estas emoções ao filhote ou não... E essa sim, é uma grande diferença.
Uma amiga disse-me hoje que, provavelmente por uma questão hormonal, estava com pouco "filtro". Ora, com estas coisas todas a acontecer não se espantem que eu me passe. E não me vou deixar pisar. Lamento. 

Vale a grande notícia do nascimento da minha nova prima (ontem quase à meia noite), a Maria. É isso que tenho que pensar, nas coisas boas (muito boas!) da vida.

Dia extenuante.
E ainda não acabou.

Não percebo que prazer tiram as pessoas que falam por cima de mim como se o que eu estivesse a dizer não tivesse qualquer valor.

Chateia-me profundamente que não seja dado o devido valor e reconhecimento à minha profissão. E que tenhamos que fazer tal ginástica mental para construir os nossos horários que me deixa de rastos...

Fico furiosa quando mudam as regras a meio do jogo, e às vezes mesmo no fim quando nos empenhamos tanto, gastamos o nosso tempo e depois... "ah, e tal, estive a pensar, e acho que poderia ser diferente..." grrrrrr 
Faz-me lembrar um dia no 11º ano: havia um prazo para entregar um relatório de TLB e eu estive a trabalhar nele até bem tarde; saí de casa à pressa e esqueci-me dele imprimido junto ao computador; dei a minha palavra à professora, tinha-o feito e perguntei se não podia entregar no dia seguinte; disse-me perentoriamente que não, se não entregasse tinha 0; faltei à aula seguinte pra ir a casa e voltar; entreguei o trabalho; numa aula seguinte do mesmo dia, a prof apareceu e disse que como muitos não tinham entregado o trabalho, o podiam fazer na aula de TLB seguinte. E agora, vai-me justificar a falta que dei pra ir a correr a casa buscar o maldito trabalho???

Cansa-me a incompetência das pessoas.

Preciso de relaxar e o Ricardo também... 
Respira, Fátima...